Acidente que matou Marília Mendonça foi causado por erro dos pilotos, conclui Polícia Civil

Acidente aéreo ocorreu em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, região Leste de Minas Gerais. Além da cantora, outras quatro pessoas morreram, incluindo os pilotos


A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o acidente de avião que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, em Caratinga, no interior de Minas Gerais. Segundo as investigações, o piloto e o copiloto foram os responsáveis pela queda da aeronave.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (04/10), os delegados responsáveis pelo caso afirmaram que após eliminar três linhas de investigação; falha mecânica, mal súbito e atentado; passaram a analisar a manobra realizada pela tripulação no momento do pouso no Aeroporto de Caratinga.

A possibilidade de falha mecânica foi descartada após a entrega do relatório elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em maio deste ano. O documento apontou para inexistência de falha mecânica, mas possível “avaliação inadequada” por parte do piloto.

O laudo entregue pelo Instituto Médico Legal (IML) descartou a hipótese do piloto ter sofrido um mal súbito ou estar sob efeito de drogas, ou álcool. A hipótese de um possível atentado também foi descartada pela investigação.

Relembre o acidente

Infográfico: Cemig

Segundo a Polícia Civil, as torres de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), concessionária de energia elétrica do estado, com as quais a aeronave colidiu e caiu, estavam fora da área de segurança do aeroporto e, portanto, não havia a obrigatoriedade de estarem sinalizadas.

No entanto, a existência delas foi apontada em dois documentos: a Carta Aeronáutica Mundial e a Carta Aeronáutica de Pilotagem, as quais, piloto e copiloto tiveram acesso e deveriam ter analisado os obstáculos nas proximidades do aeroporto.

O advogado Sergio Roberto Alonso, que representa a família do piloto Geraldo Martins de Medeiros, alegou que "as conclusões da polícia de Caratinga não têm fundamento nas provas do inquérito e é até injuriosa com a imagem do piloto e copiloto".

Fonte: CNN | Foto: Polícia Civil
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