Com dois anos de atraso, o Censo do IBGE ainda continua em diversas cidades do país. Em praticamente todas estas, o número de habitantes segue menor ou pouco maior que o estimado pelo órgão e isso já começa a causar reflexos negativos aos municípios. É que na prática, o maior levantamento do país reflete diretamente na economia com o ganho ou perda de receita e, naturalmente, se aquela cidade cresceu e se desenvolveu ou não.
Em Goiás, são muitas as cidades onde a estimativa do IBGE ou a prévia do Censo apontaram menos habitantes que a realidade. São os casos de Bela Vista de Goiás e Cristianópolis. Bela Vista, segundo a estimativa do IBGE¹, tem 31.004 habitantes. Segundo o último Censo, a cidade tinha 24.554 moradores, um aumento de 26%. A prévia deste ano, porém, aponta que o munícipio possui 33.912 habitantes. Este é o número que a cidade espera obter.
"Precisamos alcançar a meta de 33.000 habitantes para Bela Vista manter a arrecadação e não perdermos recursos. O nosso município precisa de você", pediu a prefeita Nárcia Kelly (PP). Ela lembrou ainda que "a resposta é fundamental para conhecer detalhes sobre nossa cidade" e apelou aos moradores que recebam os recenseadores ou liguem no Disque-Censo (137) para agendar a visita. "Os recenseadores estarão sempre uniformizados com colete de identificação, boné e crachá", destacou a prefeitura.
Cristianópolis que é um município bem menor também pode sofrer com a queda na arrecadação que já é baixa. Segundo o Censo de 2010, eram 2.932 habitantes, pouco menos que a estimativa do ano passado que apontou que a cidade teve apenas 30 habitantes a mais. A prévia diz que o município tem 3.682 moradores, um aumento de 25%, número considerado alto pelo tamanho da cidade. "É por meio deste levantamento que o governo define o envio de recursos para os municípios. Por isso, é muito importante que todas as famílias de Cristianópolis participem", pede a prefeita Juliana Costa (UB).
Importância do Censo
O Censo é o principal levantamento demográfico do país. Ele contribui para obter as tendências de nascimentos e mortes para a elaboração de estimativas populacionais; conhecer a população residente, de modo a embasar a formulação de políticas públicas; subsidiar a distribuição da verba federal de acordo com a população de cada cidade; balizar pesquisas acadêmicas, levantamentos jornalísticos e estratégias da iniciativa privada.²
Foto: IBGE
² Dados da Forbes