Os mandados de prisão foram expedidos contra o pregoeiro Elvis Presley Mendanha, o engenheiro José Vicente da Silva Júnior e o empresário Eduardo Henrique de Deus. Elvis e José Vicente, que já haviam sido indiciados na primeira etapa da operação, foram presos, mas Eduardo Henrique, que segundo informações estaria viajando para São Paulo, não havia sido localizado até o final da manhã.
O delegado disse já ter provas de que em uma obra da Saneago, realizada em Inhumas, ao preço de R$ 1,5 milhão, a empresa executora pagou R$ 20 mil de propina para um, ou dois, dos agora investigados. “O que chamou nossa atenção, também, foi o fato do engenheiro que já havia sido investigado na primeira fase ser hoje o diretor da Saneago em São Luiz de Montes Belos. O pregoeiro, que havia sido preso naquela ocasião, continua com a mesma função dentro da empresa”, pontuou Charles Lemes.
O delegado afirmou ainda que é impossível calcular os prejuízos provocados ao Estado, já que em somente uma das transações, a propina paga foi de R$ 3 milhões. Ele também se mostrou surpreso com o fato de algumas das empresas que já haviam sido indiciadas na primeira etapa da operação continuarem atuando, segundo ele, “como se nada tivesse acontecido”.
Conforme consta no Diário Oficial, o pregoeiro Elvis Presley foi mantido no cargo através de um decreto assinado pelo Governador Ronaldo Caiado no último dia 27 de fevereiro. Por meio de nota, a Saneago disse que “tem priorizado a implantação das melhores práticas de governança e compliância para garantir a lisura em todos os processos da Companhia, incluindo a realização de auditoria especial em um conjunto de processos relacionados ao período investigado, ação que se estenderá a todo e qualquer procedimento que aponte indícios de irregularidade”. A empresa informou ainda que colabora com as investigações da Polícia Federal.
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Fonte: Mais Goiás
Foto: Áulus Rincon