Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que, dos 246 municípios goianos, 19 possuem mais eleitores que habitantes. Cristianópolis está entre essas cidades. O município possui 3.029 habitantes, enquanto o eleitorado para 2018 é de 3.121 votantes, uma diferença de 92 pessoas.
Reportagem com o estudo detalhado foi divulgada pelo Jornal O Popular nesta quinta-feira, 14 e explica que o número é resultado do cruzamento de dados da estimativa populacional para 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o eleitorado divulgado em 31 de maio de 2018 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o CNM, no país todo, são 231 cidades com número de eleitores maior que a população. No ranking nacional, Goiás só perde para Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. "Se por um lado isso pode ser explicado pela mobilidade das pessoas que mudam o domicílio eleitoral para suas cidades de origem, podemos também alertar para uma reclamação constante dos gestores municipais – a de que as suas respectivas populações estão subestimadas pelo IBGE”, destaca o presidente da CNM, Glademir Aroldi.
Os demais municípios goianos listados no ranking são Ouvidor, Davinópolis, Taquaral de Goiás, Três Ranchos, Moiporá, Damolândia, Cachoeira de Goiás, Guaraíta, São João da Paraúna, Água Limpa, Pilar de Goiás, Avelinópolis, Arenópolis, Buriti de Goiás, Damianópolis, Itapirapuã, Abadia de Goiás e Ivolândia.
Rezoneamento
Em Cristianópolis, é antiga a reclamação de políticos locais que questionam o cruzamento dos dados do IBGE com o TSE. Alguns acreditam que existem transferências irregulares de eleitores feitas para beneficiar políticos e manipular o resultado das eleições.
Para ajustar a distribuição de eleitores e diminuir a tentativa de fraude, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás fechou no final do ano passado, 37 zonas eleitorais; entre elas, a 51ª Zona que antes era sediada em Santa Cruz de Goiás e agora pertence à 32ª Zona, em Bela Vista de Goiás.
Segundo o TRE, além de estabelecer critérios objetivos para criação, o remanejamento e a extinção de zonas eleitorais também visa ajustar a distribuição do eleitorado, atento à realidade social, demográfica e geográfica dos municípios brasileiros.